24 de março de 2017

Eu já idealizei amores.

A primeira vez que o vi, meu coração quis saltar para fora do meu peito diretamente para o abraço dele. A segunda vez também e a terceira. Durante muito tempo o sorriso dele foi o roteiro dos meus sonhos, a voz era a melodia das minhas músicas e por muito tempo eu achei que era para sempre. 

Esse estado extasiado, eufórico e apaixonado acaba. É, eu sei, nós que fomos criados com filmes da Disney, séries adolescentes e música pop idealizamos demais o amor, criamos príncipes encantados e nem vivemos em uma monarquia. Daí, a nossa realidade dá um soco no estômago e faz o coração ficar exatamente no local onde ele deve permanecer: dentro de nós mesmos. 

A paixão tem essa característica efêmera, que não decide se vai ficar e se alimenta de momentos, como um fósforo que consome a si mesmo. O que vem depois disso é o fim ou começo do que podemos realmente chamar de amor – não esse que idealizamos dos contos de fadas. O amor é calmaria depois da tempestade, é o arco-íris. O amor é quando, depois da paixão, você percebe que quer ficar. 

Contudo, esse amor que sentimos também pode acabar. Não que ele não tenha existido, ele apenas é outra coisa, outro sentimento, uma mutação. As opções são infinitas viu, do platônico ao ódio, do carinho à nostalgia. Esqueçam os príncipes, esqueçam quem não transforma os seus dias e principalmente os seus sentimentos. Deixem de lado os contos de fadas que não se tornam realidade. 

14 de março de 2017

Isso é tão Black Mirror!

Você já ouviu essa frase?


Bom, primeiro vamos explicar o que é Black Mirror, vai que alguém se recusa a ter Netflix e não sabe da existência de uma das melhores séries do catálogo. Black Mirror é uma série britânica, o diferencial da série é que não é uma sequência, são diversos “mini filmes”. Mas do que se trata, Mateus? Distopia e tecnologia poderiam ser as palavras-chaves, os episódios se passam em um futuro (não tão distante) onde a tecnologia já é avançada e mostra como os humanos reagem a ela.

Tem episódios que embrulham o estômago, tem tecnologias que já existem no nosso mundo e notas em perfis valem dinheiro e status (lembra algo?). Acontece que quem assiste a série está acostumado a dizer e ouvir a frase: isso é tão Black Mirror. Porém, o que deveria ser um aviso virou uma piada. Qualquer coisa tecnológica que afeta de alguma forma a sociedade vem acompanhada dessa frase.

Sabe onde está o problema? As pessoas continuam, sabem o que pode acontecer com elas, mas continuam por pensar que está distante ou que a série exagerou na mão. Mas a frase está sempre lá, alertando e ninguém está ouvindo.

Claro que a tecnologia tem seus pontos positivos, podemos curar doenças, antes, incuráveis; conversar com pessoas de outros países em segundos; fazer uma transmissão ao vivo para o mundo todo; trocar informações em um piscar de olhos... Contudo, precisamos perceber que séries como Black Mirror, Jogos Vorazes e obras como 1984, exageram no drama e crítica para percebermos que isso pode de fato acontecer.

A série é maravilhosa, muito bem produzida e roteiros interessantíssimos, mas por favor, percebam a crítica social!