24 de março de 2017

Eu já idealizei amores.

A primeira vez que o vi, meu coração quis saltar para fora do meu peito diretamente para o abraço dele. A segunda vez também e a terceira. Durante muito tempo o sorriso dele foi o roteiro dos meus sonhos, a voz era a melodia das minhas músicas e por muito tempo eu achei que era para sempre. 

Esse estado extasiado, eufórico e apaixonado acaba. É, eu sei, nós que fomos criados com filmes da Disney, séries adolescentes e música pop idealizamos demais o amor, criamos príncipes encantados e nem vivemos em uma monarquia. Daí, a nossa realidade dá um soco no estômago e faz o coração ficar exatamente no local onde ele deve permanecer: dentro de nós mesmos. 

A paixão tem essa característica efêmera, que não decide se vai ficar e se alimenta de momentos, como um fósforo que consome a si mesmo. O que vem depois disso é o fim ou começo do que podemos realmente chamar de amor – não esse que idealizamos dos contos de fadas. O amor é calmaria depois da tempestade, é o arco-íris. O amor é quando, depois da paixão, você percebe que quer ficar. 

Contudo, esse amor que sentimos também pode acabar. Não que ele não tenha existido, ele apenas é outra coisa, outro sentimento, uma mutação. As opções são infinitas viu, do platônico ao ódio, do carinho à nostalgia. Esqueçam os príncipes, esqueçam quem não transforma os seus dias e principalmente os seus sentimentos. Deixem de lado os contos de fadas que não se tornam realidade. 

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