15 de fevereiro de 2016

O processo até escolher Jornalismo.

Você já ficou com dúvida entre duas coisas? Acredito que sim, afinal é muito difícil a gente ter sempre certeza das nossas escolhas. Como diz a escritora britânica J.K. Rowling em seu romance adulto, Morte Súbita: “Escolher é algo perigoso: quando escolhemos, temos que abrir mão de todas as outras possibilidades”. Agora, se coloque na cabeça de um jovem, de 20 anos, que tem interesses diversos, que acabou de sair de uma faculdade e não consegue ficar sem estudar algo por muito tempo. Um leque se abre na frente dele, e as opções se tornam muito mais difíceis de escolher.
Quando eu tranquei a matrícula na faculdade que eu cursava Gestão de TI, eu saí de lá confiante que iria fazer Jornalismo, que era o curso que eu já tinha desistido tantas vezes e que sempre voltava pra mim. A mente inquieta não permitiu que fosse tão fácil assim. De repente, começaram a chover vídeos no YouTube sobre diversas coisas que eu queria muito fazer: fotografia, cinema, letras... Todas as opções que eu já tinha considerado, aparecendo novamente, em um momento em que eu estava livre. Eu poderia escolher qualquer coisa!

Aqui estão alguns vídeos que me fizeram começar a duvidar do que eu realmente escolheria:
  • O que é Direção de Fotografia? (Cinematography) – Lully de Verdade


A Lully é formada em cinema, e no canal dela você pode encontrar muito conteúdo sobre a área e sobre filmes em geral. Tem várias dicas de filmes e coisas geek/nerd. Esse vídeo, em especial, deixou a pergunta martelando na minha cabeça: “Será que eu não deveria fazer Cinema?”
  • Piloto (Como comecei, Fiz algum curso, Dicas pra quem ta começando) – Tom Rodrigues (Aredead)

Tom é fotografo e tem uma história parecida com a minha: saiu do curso de TI e deu uma reviravolta na vida. Ele faz ensaios de vários youtubers, e as fotos dele são muito boas. Daí eu comecei a questionar meus gostos, será que na verdade eu gostava mais de fotografia?

Mas, por que Jornalismo, Mateus?
Bom, primeiramente, querendo ou não, Jornalismo abrange todas as coisas que eu gosto. Eu vou precisar escrever – basicamente o tempo inteiro – e tem o fotojornalismo, que não chega a ser a mesma coisa, mas que serão basicamente noções iguais de conhecimento. E claro, não é como fazer um filme, mas pelo menos terei conhecimento de rádio e TV que vai me ajudar a produzir meus próprios vídeos. Outra coisa que me cativa muito, é o interesse que o Jornalista tem que ter, a busca por novidades e notícias o tempo todo, sem contar que toda hora você tem que ler alguma coisa, seja um texto teórico, uma reportagem ou livros atuais para se inteirar do que está acontecendo no mundo (coisas que eu gosto bastante). E, ainda que seja uma ilusão, o Jornalista sempre tem vontade de mudar o mundo.
Então, basicamente, a mudança de curso foi um processo árduo que me mostrou que sim, eu realmente quero cursar Jornalismo. 

12 de fevereiro de 2016

Mudança de Curso.

Em meados de 2013 decidi, por livre e espontânea vontade, fazer algo que eu realmente gostasse quando chegasse a hora de escolher um curso. Sempre tive mais aptidão para as Humanas e nunca fui bom com as Exatas (me pergunte a tabuada do 3 ao 8 e não vou saber te responder sem fazer a conta em papel). Pois bem, o curso escolhido foi Jornalismo e até, mais ou menos, novembro essa ideia persistiu em minha mente. Era isso, e ponto.
Mas (sempre tem um), pensando nas reportagens e pautas que teria que fazer em pouquíssimas horas – porque eu queria seguir na área de Redação , acabei balançando com a ideia. Nunca consegui entregar as redações escolares no horário de aula, e por mais que eu adorasse fazer aquilo e achasse que elas ficavam boas, era preciso um dia inteiro, às vezes dois, para concluir todo o meu pensamento. O fato é, eu botei na minha cabeça de que não conseguiria realizar essa tarefa. Então, escolhi outro curso: Direito. Seria perfeito para o meu emprego pois me qualificaria a assumir cargos superiores dentro do meu departamento. 
Surgiu um cargo de diretoria técnica, mas era preciso ter curso superior, não havia outra maneira. Minha vontade de assumir o cargo era tanta que decidi fazer um curso superior tecnológico para diminuir o tempo que levaria para assumir, mesmo não sendo ideal para o departamento. Deixei de pensar em Direito e comecei a avaliar as possibilidades de cursos tecnológicos e o que mais se aproximou dos meus gostos foi Gestão da Tecnologia da Informação. Sim eu sei, da água para o vinho.
Durante todo o ano de 2014, fiquei entre Direito e Gestão da TI. Decidi que faria o curso tecnológico, conseguiria o cargo superior e depois estudaria Direito. Não quis fazer naquele ano, porque não queria começar no segundo semestre. Em 2015 minha vida acadêmica começou. A experiência não poderia ter sido mais reveladora, nada do que eu planejei se fez verdade. O curso não era o que eu queria e descobri (conversando com formados em Direito e realizando pesquisas) que direito também não era a minha “praia”.

- Você tem certeza de que quer fazer esse curso? Você gosta?
- Eu gosto de Tecnologia da Informação na prática, se parar e me ensinar como operar, eu vou aprender e vou amar, mas estudar para isso, aprender isso, a teoria disso eu não gosto.
- Então você não vai gostar.

Esse foi um diálogo – parafraseado – entre minha mãe e eu, quando comecei a fazer o curso de Gestão da TI. Lógico que eu não a escutei e fui em frente com a decisão, afinal, eu tinha a proposta de um cargo superior! Eu não poderia ter me arrependido mais. Logo no começo do curso os professores (todos eles!) falaram: “para fazer TI, tem que amar TI, tem que estar nas veias” e, é realmente assim. São calhamaços, infinitamente tediosos, sobre programação, sobre softwares e hardwares, é necessário querer aquilo com todas as suas forças para ter vontade de estudar. Eu conheci pessoas que realmente queriam aquilo, pessoas que já trabalhavam na área, pessoas que amam TI. Obviamente esse não era o meu caso.
Eu tinha que sair do curso. Primeiro, porque estava me fazendo muito mal, continuar em um lugar que eu não gostava, com o peso da “obrigação” de agradar. Segundo: eu estava gastando dinheiro (sim, nesse caso era um gasto, não investimento, já que eu não estava tirando nenhum proveito daquilo). Então, foi o que eu fiz, saí assim que acabou o primeiro semestre.
Não foi fácil contar para as pessoas que tanto esperavam de mim nesse curso, e isso é uma coisa que deve-se sempre ter em mente: você sempre – SEMPRE – vai decepcionar alguém. Vai decepcionar não porque você seja um inútil que não faz nada certo, mas por que você tem pensamentos e visões diferentes dos outros e faz o que vai ser bom para você. Mas, o mais importante de tudo, você nunca deve decepcionar você mesmo.
Minha chefe ficou abalada com a decisão, afinal ela queria que eu a substituísse, mas entendeu o meu ponto. Minha mãe já sabia, foi a primeira pessoa pra quem eu contei, e a única coisa que ela me pediu foi pra que eu voltasse aos estudos. Todos os meus amigos me apoiaram na decisão. Então, eu escolhi o curso que sempre volta para mim, o Jornalismo. Mas isso fica para uma próxima postagem.
O que eu quero dizer com essa história sobre a minha mudança de curso, é uma coisa que eu aprendi com a minha melhor amiga: você não “tem que” fazer nada pensando nos outros. Você não “tem que” terminar nada só porque é socialmente esperado. O que você “tem que”, é ser feliz com as suas escolhas e ter consciência das consequências.