Quando eu
tinha lá pelos meus 15 anos, uma vontade gritava em mim: eu precisava viajar,
imediatamente. Entusiasmado pelas séries que eu acompanhava naquela época, pelo
teatro que eu fazia e pelas ambições da adolescência, pesquisei por dias a fio sobre
intercâmbios, viagens, passaportes...
Essa vontade incontrolável
foi diminuindo até se tornar uma certeza: eu não quero ficar em um país só para
sempre. Então, por causa de condições financeiras o desejo foi se acalmando.
Até eu ver um avião de perto. Preciso dizer que eu nunca tinha ido ao
aeroporto, pelo menos não que eu me lembre.
Recentemente
eu levei um amigo ao aeroporto para ele voltar para sua cidade. Logo ao entrar eu
já me senti feliz, como se aquele lugar fosse onde eu deveria estar. Me
imaginei andando por ali com uma mala, só esperando o momento de embarcar para
o meu próximo destino. Imaginei as despedidas, os reencontros, as lágrimas e a
felicidade.
Imaginei a
mala cheia de lembrancinhas, minha mente cheia de ideias, meu coração cheio de
energia. Mas, aí chegou a hora de sair do aeroporto.
Eu sei que um
dia será a minha vez de segurar o passaporte e o bilhete. Sei que em breve
estarei em outro país com o maior sorriso. Porém, até lá, ficarei aqui desejando
que meu avião de papel vire realidade e me leve em uma volta ao mundo.
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