14 de dezembro de 2016

Finalizando o semestre.


Vocês sabiam que em alguns cursos (em algumas faculdades) é possível juntar alunos do primeiro semestre e alunos que já estão no segundo, se o curso for o mesmo? Foi o que descobrimos na primeira semana de aula. Por causa das matérias serem modulares podíamos aprender em qualquer ordem, claro que só nesse primeiro ano.

Porém, essa novidade trouxe alguns estresses, muitas pessoas saíram antes de começar o semestre e outras entraram, então vários grupos tiveram que se reformular. Aí, depois começaram os trabalhos e eu me vi dividindo textos com outros jornalistas, o que foi bem complicado no começo.

Tivemos alguns trabalhos que incluíam gravar, fotografar, criar textos, editar fotos, entrevistar pessoas, tudo dentro de um blog que foi criado pelo grupo. Não houve grandes eventos, apenas uma palestra de Jornalismo Esportivo, que não consegui assistir por completo, mas pelo que vi já percebi que não me encaixo.

Semestre passado, eu me apavorei com a semana de provas, minha imunidade foi pro pé e fiquei de exame em uma matéria. Esse semestre eu disse que isso não aconteceria, dormi cedo todos os dias, comecei a estudar para as provas duas semanas antes (afinal, se eu me sentisse preparado, não teria porque ficar nervoso) e debati com alguns colegas. Resultado: as provas foram um sucesso, nenhuma me deu trabalho e meu corpo respondeu muito bem.

Agora, é esperar o próximo semestre, pra separarem os cursos de Publicidade e Jornalismo e, assim, começar de verdade o meu contato com a profissão!

7 de dezembro de 2016

Eu já quis tocar violão!


Adolescência é uma época difícil, né? É gente tentando agradar os pais, os professores, o crush, se agradar e ainda se rebelar. É tudo tão confuso.

Quando eu estava na escola não me encaixava em nenhum grupinho. Populares, rockeiros, funkeiros, nerds... Mas, a minha solidão não durou muito tempo, porque eu não era o único que não se encaixava, então nos juntamos e durante todos os anos nós formávamos o grupinho dos desajustados.

Conforme o tempo foi passando acabei me enturmando com outros grupos: os alternativos. Naquele tempo, não sei se ainda continua, era moda menino tocar violão para impressionar. Era fofo, era popular e alternativo. Quem não ia querer participar dessa?

Meu tio (músico) tinha um violão em casa, infernizei a vida dele que queria emprestado e que devolveria quando comprasse o meu próprio. Com um DVD de aula eu comecei a estudar, não duraram dois dias, o violão foi pra cima do guarda-roupa, não adiantava o quanto eu tentava, aquilo não era pra mim. Eu sabia disso.

Aí surge a pergunta: vale a pena tentar impressionar pessoas, só pra se encaixar em um grupo que você, naturalmente, não pertence?

Agora eu tenho um violão, nunca o toquei e sinto o maior prazer de não ter me encaixado naquele grupinho. 

8 de novembro de 2016

Quando o amor acaba?

Entrei no primeiro vagão do metrô em direção a minha faculdade. No começo só reparava nela, seus olhos vermelhos, tentando não chorar mais. Depois eu percebi que ele estava tentando manter o amor dos dois vivo. Ele pediu desculpas milhões de vezes. Meu destino ficava cada vez mais próximo. Os braços dele cercavam-na, ele tentava de todas as formas trazê-la de volta. Ela resistia, mas o amor ainda não tinha acabado para ela.

Eu sempre vejo casais dentro dos trens que levam para todos os lugares (às vezes até eu sou um desses casais). Sempre os vejo e sinto um carinho por aquela demonstração de afeto em público. É bom ver que o mundo ainda possui espaço para o amor.

Os dois me fizeram pensar: quando podemos decretar o fim de um amor? É depois de uma traição? Não, não dá pra acreditar nisso. Para mim o amor vai acabando aos poucos, deixar de amar é tão louco quanto começar a amar. No começo do amor os sentimentos se misturam com felicidade, ansiedade, desejos e sonhos. No final os sentimentos que se misturam são diferentes: você não sabe se fica triste, se sente raiva, se aliviou ou pesou mais.

Contudo, aqueles dois... Ainda havia a resistência de fazer dar certo. Mesmo com todas as lágrimas, mesmo os problemas sendo jogados na cara, mesmo expondo todos os defeitos. Não, o amor deles não acabou ali.

Então, eu desço e até os vagões sumirem no túnel, eu os vejo abraçados um no outro, como se pudessem consertar tudo, só com aquele ato. 


25 de outubro de 2016

Update

1.   Sei que o blog estava desativado, mas como vocês podem ver foi para reformular a aparência dele. Agora estou usando uma das minhas cores favoritas: vermelho. Também tem o avião de papel que é a minha primeira tatuagem. Estou aprendendo a usar os pacotes de design, então tive que pedir ajuda, por isso demorou um pouco além do esperado.

2.    Na faculdade nós tivemos que criar um blog e produzir conteúdo para ele, então isso tomou boa parte do meu tempo livre para escrever. Vocês podem conferir nosso trabalho neste link: http://projetofalo.wixsite.com/falae

3.    O blog está de volta e com isso vou arrumar a periodicidade de posts, tenho assistido e lido coisas que eu quero conversar sobre...

Nos vemos no próximo post, espero não demorar tanto dessa vez!

Eu preciso conhecer o mundo!

Quando eu tinha lá pelos meus 15 anos, uma vontade gritava em mim: eu precisava viajar, imediatamente. Entusiasmado pelas séries que eu acompanhava naquela época, pelo teatro que eu fazia e pelas ambições da adolescência, pesquisei por dias a fio sobre intercâmbios, viagens, passaportes...
Essa vontade incontrolável foi diminuindo até se tornar uma certeza: eu não quero ficar em um país só para sempre. Então, por causa de condições financeiras o desejo foi se acalmando. Até eu ver um avião de perto. Preciso dizer que eu nunca tinha ido ao aeroporto, pelo menos não que eu me lembre.
Recentemente eu levei um amigo ao aeroporto para ele voltar para sua cidade. Logo ao entrar eu já me senti feliz, como se aquele lugar fosse onde eu deveria estar. Me imaginei andando por ali com uma mala, só esperando o momento de embarcar para o meu próximo destino. Imaginei as despedidas, os reencontros, as lágrimas e a felicidade.
Imaginei a mala cheia de lembrancinhas, minha mente cheia de ideias, meu coração cheio de energia. Mas, aí chegou a hora de sair do aeroporto.
Eu sei que um dia será a minha vez de segurar o passaporte e o bilhete. Sei que em breve estarei em outro país com o maior sorriso. Porém, até lá, ficarei aqui desejando que meu avião de papel vire realidade e me leve em uma volta ao mundo. 

19 de agosto de 2016

Sobre Fotografia

Já falei aqui que um dos cursos que pensei em fazer foi Fotografia, lembram? Pois é, hoje é o dia da Fotografia, então quis fazer essa pequena postagem sobre ato de capturar imagens, mas antes um adendo: não haverá nada de profissional nesse texto, mesmo porque não sou, é um texto sobre o meu gosto e sobre o que eu espero aprender daqui pra frente.
Eu sempre gostei muito de tirar fotos, antigamente eram mais autorretratos do que qualquer outra coisa, talvez um pouco egocêntrico? Talvez, muito. Nunca fotografei profissionalmente, mas sempre tive uma grande curiosidade de como usar uma câmera, como editar fotos e etc. Quando eu passei por toda a turbulência de encontrar um curso perfeito, eu pensei em fotografia exatamente por isso. Para vocês terem uma ideia, quando, no meu trabalho, tiveram que tirar fotos de todos os funcionários não pensei duas vezes antes de pedir implorar para que fosse eu a fotografar.
Era, acredito eu, a primeira vez que segurava uma câmera profissional por muito tempo e mais: eu tirei fotos com ela! Claro, ela já veio toda configurada pelos donos dela, para não ter problemas na hora da execução, mas mesmo assim a experiência foi incrível. Depois disso só tirei fotos com celulares e uma câmera velha que tenho em casa. Contudo, ainda curto muito a ideia de capturar uma cena que talvez nunca mais se repita.
Quando entrei no curso de Jornalismo, não esperava receber dicas de fotografia logo no primeiro semestre, devido ao trabalho que tivemos que tirar uma foto autoral, acreditava que as aulas sobre o assunto seriam tratadas mais pra frente. Porém em uma das aulas o professor falou sobre composição de foto, enquadramento, luz e edição, o que nos deu uma base para realizar uma foto coerente e uma grande curiosidade para saber mais. Espero que nos próximos semestres tenhamos mais matérias que englobem a fotografia.
Enfim, aqui vão algumas fotografias, mas aviso de antemão, não esperem fotos dignas de prêmios, pois como eu disse: ainda sou um amador. 





28 de julho de 2016

Finalizando o Semestre: Parte 2 (Última)

Todo mundo aqui sabe como é tenso ser avaliado, mesmo quem não está em uma faculdade, todo mundo teve que provar o seu conhecimento para professores, instrutores, instituições e por ai vai. Desde uma prova de ensino fundamental até uma prova de concurso público, é sempre difícil esperar o resultado.
Pois bem, estou cursando Jornalismo e comigo isso não seria diferente.  Fui bem nas matérias, sabia o conteúdo, mas fiquei doente de tão tenso e minha vida virou um caos na minha vida. Nunca tinha realizado uma prova com febre e dor no corpo, saí da sala jurando que tinha colocado tal resposta e quando recebi a prova não tinha acertado nada! Aí é correr atrás do prejuízo, estudar pra confirmar que sabia mesmo e realizar a prova final. Mesmo assim fiquei tenso. A professora corrigiu as provas na hora e só falou as notas quando todo mundo acabou. Eu passei, em todas as matérias!
Não consigo pensar em nenhuma dica para se preparar para provas, caso você seja uma pessoa ansiosa e fique tensa na hora, eu poderia tentar um “fique calmo”, mas todo mundo sabe que isso não funcionaria, então o que eu posso dizer é: crie um grupo de estudos, converse com seus amigos, reprisem a matéria toda, veja vídeos sobre a matéria (foi o que eu fiz na avaliação final), assim você consegue mais confiança de que sabe o conteúdo e não precisa ficar com medo, ok?
Nesse semestre eu já senti na pele o que é jornalismo. No final de uma aula, um professor disse que seria parte da banca dos trabalhos do terceiro semestre de Publicidade e Propaganda, e que os grupos do primeiro semestre de Comunicação Social deveriam realizar a cobertura do evento. Nossos grupos são mistos, então funcionou assim: quem era de jornalismo tinha que entrevistar e criar um texto acerca do evento, quem era de publicidade, deveria tirar fotos dos trabalhos. No meu grupo, apenas eu sou de Jornalismo. Em resumo, fui jogado aos leões e tive pouco tempo para me preparar.
Não fazíamos ideia do que eram os trabalhos que seriam apresentados, quando chegamos lá vimos stands de filmes e DVDs e alunos bem nervosos. O professor explicou que esse era o Projeto Interdisciplinar do terceiro semestre de PP, cada grupo tinha que criar e divulgar um DVD para a banca. A hora chegou! Peguei meu bloquinho de notas, escrevi umas perguntas base (as que o professor queria que fossem respondidas no texto a ser criado) e fomos para a luta! O melhor da situação é que estávamos tão apreensivos quanto os alunos que apresentavam o trabalho, então ajudávamos uns aos outros e assim as perguntas foram respondidas e os trabalhos apresentados.
Fomos percebendo que os grupos da nossa sala perguntavam coisas básicas para cada um e iam embora, enquanto nós víamos o material exposto, dávamos opiniões e gravávamos a conversa para ficar mais fácil de criar o texto. Por fim, sobrou apenas o meu grupo, os do terceiro semestre e a banca, não perdemos a oportunidade de fazer algumas perguntas para os professores da banca também. Após tudo isso, criamos o texto, escolhemos dez fotos e entregamos ao professor. Ainda não sabemos qual dos textos ele vai escolher para colocar no blog da faculdade, porque vai ser um projeto futuro, mas ficamos bem orgulhosos do nosso.
O que eu tirei dessa situação toda? Eu estou certo da minha escolha para o futuro. Estar ali, frente a frente com pessoas que não faziam ideia de quem éramos e vice-versa, decidir as perguntas de última hora... Viver o jornalismo, mesmo que dessa forma tão simples e segura, foi uma das experiências mais incríveis que eu tive nesse primeiro semestre. Uma experiência que vou levar como base por um bom tempo.

20 de julho de 2016

Finalizando o Semestre: Parte 1

Sei que esse blog está cheio de teias, vamos limpá-las enquanto conto pra vocês o que aconteceu no final do meu semestre? Ok, vamos lá.  Bom, não tenho escrito porque primeiro minha vida ficou uma loucura na faculdade: trabalhos, provas, apresentações, atividades extras... Aí acabou o semestre e meu trabalho aumentou muito, eu geralmente escrevo quando termino o que eu tenho pra fazer, mas eu nunca terminava. Enfim, a questão é que aqui estou e como eu já tinha planejado vou criar duas postagens sobre o final do semestre na faculdade, as coisas que eu mais curti fazer, os trabalhos que eu mais gostei de apresentar e etc.
Primeiro houve o ENCOM (Encontro de Comunicação), semana com uma série de palestras sobre Rádio e TV, Jornalismo e Publicidade, contudo consegui ir apenas em três dias do encontro. Não era obrigatório você ir à palestra do curso matriculado, por isso eu acabei assistindo apenas uma de Jornalismo, que foi a que mais me interessei, depois deixei os outros dias para Rádio e TV, que não me instigaram tanto.
Na palestra de Jornalismo, César Galvão falou sobre a vida do Jornalista Investigativo. Durante a palestra, ele citou várias experiências e apresentou algumas reportagens. Ao contrário da minha experiência com o jornalismo ambiental, o investigativo me atraiu muito, não que o ambiental não seja importante, mas o investigativo combina comigo em muitos pontos. Imagino como deve ser a sensação de revelar uma fraude, desvio de dinheiro, reportar crimes planejados, estar perto do perigo e ainda apresentar ao mundo a verdade.
O jornalista que segue essa vertente tem que ter um quê de Agatha Christie e seu personagem, o detetive Poirot, tem que ter um bom networking para conseguir informações importantes para a resolução do caso. Cesar Galvão disse que graças às suas filmagens já arranjou problemas com a polícia, mas também conseguiu ajudá-los em casos onde as únicas provas eram suas filmagens. Por tudo isso, jornalismo investigativo está na minha lista de possibilidades, sei que há muito que conhecer desta e de outras vertentes e não vou parar de pesquisar e assistir a palestras sobre as mais diversas áreas.
Outro ponto importante desse semestre foram os trabalhos. Eu sempre preferi trabalhos que dessem liberdade criativa para os alunos, por isso, um dos trabalhos de destaque foi sobre o surgimento do Rádio e da TV, a professora nos deu autonomia para escolher a forma de apresentação, desde que mostrássemos os pontos principais das duas potências em poucos minutos. Começamos a pensar numa forma diferente de apresentar, decidimos fazer uma cena em que apresentadores de TV começavam a falar sobre o surgimento de cada meio de comunicação e de repente, uma transmissão de rádio dos anos 20 interferia na apresentação. Na confusão os apresentadores saíam e só voltavam quando a interferência era cortada. Com essa apresentação, conseguimos aprender muito mais sobre a história dos meios de comunicação, e a professora gostou muito, pois conseguimos abordar todo o assunto sem ficar muito chato.
Em outro trabalho, que foi a base do semestre, tivemos que ler dois textos e criar um artigo de opinião. Foi uma tarefa bem difícil, os textos eram bem técnicos e as nossas opiniões divergiam muito, então, quando enfim conseguimos nos decidir quais pontos defenderíamos, veio outra parte muito complicada: canalizar e escrever. Eram tantas as opiniões, que por várias vezes o texto ficava digressivo. Ainda bem que tivemos o suporte das professoras de Leitura e Produção de Texto, porque senão, o artigo teria virado um texto muito chato. No fim a gente curtiu muito o resultado e conseguimos apresentar o trabalho para toda a sala sem maiores problemas. Clique aqui para ler o artigo.
Bom pessoal, essa foi a primeira parte do final do semestre, na próxima, vou abordar uma atividade extra que tivemos que realizar e as provas. Mas, me contem como foi o final de semestre de vocês? Ainda estão curtindo a escolha que fizeram? Não deixem de comentar. 

27 de abril de 2016

Projeto Música Através do Mundo

Música para mim é quase sagrada. O problema é que, aqui no Brasil, somos muito influenciados por músicas americanas e inglesas. Nem mesmo as nossas músicas nos influenciam tanto quanto os artistas internacionais. Sofro muito pra encontrar uma banda brasileira com letras legais, uma melodia que me atraía e que a personalidade do artista não estrague tudo isso, depois farei uma postagem sobre as minhas bandas brasileiras favoritas.
Enfim, pensando nisso e desejando coisas novas, decidi começar um projeto com bandas de países por todo o mundo, alguns meses atrás. Peguei uma lista no Google de bandas divididas por países e pronto, cada dia eu sorteava uma, escutava o último álbum lançado e dependo da minha exigência no dia, ele entrava ou não para uma lista que fiz no Spotify com uma amiga que participou do projeto.
Passamos por várias bandas esquisitas e outras muito legais, não encontramos algumas, outras foram muito difíceis de suportar e desistimos (desculpa, Egito!). Percebemos que mesmo em países com outras línguas nativas, as bandas que cantam inglês prevalecem, e às vezes isso nos fazia sortear outra banda (já que o intuito do projeto era descobrir coisas novas!). Agora o projeto já acabou, estou me sentindo meio órfão e daqui um tempo vou começar outro, mas hoje eu separei cinco bandas, escolhi uma música de cada para vocês descobrirem.

Kabul Dreams
Kabul Dreams é uma banda do Afeganistão de indie rock e rock n' roll. Foi a primeira banda e não poderíamos ter começado melhor, conquistou logo de cara. Apesar de ter algumas músicas em inglês, as que são cantadas na língua nativa são tão boas quanto. O álbum que nós ouvimos foi o WE ARE Kabul Dreams.
Mammut
                Boliviana, a banda Mammut, foca no rock. Suas músicas são todas no idioma do país. O álbum escutado foi o Barbarie.
Desmod
A banda da Eslováquia foi um alívio, após de desistir do Egito (a mulher cantava gemendo), estávamos com medo de encarar países tão desconhecidos musicalmente, mas Desmod apareceu com esse rock leve e salvou. Vyberovka, foi o álbum escolhido. 
Fossils (Rupam Islam)
Fossils foi uma surpresa boa: a banda é da Índia e toca rock. Apesar do idioma bem estranho, a melodia consegue ser bem agradável aos ouvidos. O álbum foi Fossils 4.
Musiqq
Direto da Letônia, o duo que compõe Musiqq toca pop e R&B, que é mais o meu gênero preferido, então foi uma das mais fáceis. O álbum: Silta Sirds.

                Esse projeto me trouxe outra visão da 1ª arte, de que podem existir muitas coisas diferentes ao redor do mundo e coisas parecidas com o que nós estamos acostumados.
Queria indicar outras bandas (foi muito difícil selecionar só essas) mas não caberia em uma postagem, portanto, vou deixar a playlist criada no Spotify aqui embaixo pra vocês apreciarem.

8 de abril de 2016

WORKSHOP: Jornalismo Ambiental da Rede Biomar.

Quando comecei o curso de Jornalismo, eu sabia muito pouco sobre as vertentes da área, desde então eu tenho buscado conhecer e me atualizar sobre elas pra saber em qual me encaixo melhor. Então apareceu essa oportunidade de participar de um workshop sobre Jornalismo Ambiental com convidados da Rede Biomar, que consiste em projetos patrocinados pela PETROBRAS que tem por objetivo a conservação da biodiversidade marinha no Brasil.
O jornalista ambiental tem o dever de disseminar informações acerca do meio ambiente, no qual ele e todos nós estamos. As pautas incluem a cobertura de eventos ambientais, de instituições responsáveis por pesquisas e fatos, das políticas públicas para a área ambiental, campanhas de conscientização são de responsabilidade desse profissional. Ele deve buscar as informações em artigos científicos, contato telefônico com cientistas da área, com os projetos de proteção ao meio ambiente, deve-se ter a coragem de ir contra todos os modelos ultrapassados, batendo de frente com interesses econômicos, políticos e empresariais, de corporações e particulares que ao se sentirem ameaçados vão tentar calá-lo.


Nos foi apresentado temas relacionados a projetos ambientais e comunicação e cada representante falou um pouco das suas especificações. O Projeto Albatroz, por exemplo, busca a criação, inovação e divulgação de métodos de proteção aos Albatrozes, que morrem em quantidades absurdas em alto mar. Com medidas de segurança que acabam facilitando a vida dos pescadores, também, os Albatrozes ficam distantes das iscas de pesca e não são fisgados pelos anzóis. A importância do jornalismo ambiental nesse projeto, é propagar a relevância desse ato de proteção aos animais, para pessoas que não estão ligadas ao mar e a pesca.
A Ecosurf Brasil, é um projeto que virou uma página no Facebook que buscar empoderar o surfista para atuar a favor do meio ambiente, com foco nas praias, rios e oceanos. Surgiu na busca pela conscientização do surfista com as praias, a página se tornou a maior do mundo no ramo. O representante, diz ter escolhido as redes sociais para a divulgação de materiais por ter um alcance maior e melhor. Ainda deu dicas de como atingir resultados na propagação de conteúdos ambientais e elencou criatividade, leitura social, conhecimento de causa e senso crítico como alguns dos elementos.
O mar é muito prejudicado, devido aos efeitos climáticos, poluição, pesca e outros tantos problemas relacionados. Pensando nisso, é inviável que não se proteja áreas marinhas, afinal grande parte do oceano ainda nem foi explorada, então não podemos destruir a que conhecemos. Então, com a educação, sensibilização e divulgação é possível a criação e implementação de áreas marinhas protegidas com zoneamento de áreas específicas para cada coisa que se faz no oceano.


Enfim, o workshop foi bem esclarecedor nas questões, conseguimos entender um pouco mais dessa área, que não é tão divulgada e infelizmente pode passar despercebida. É muito legal perceber e sentir essa responsabilidade, sabe? Sendo Jornalista, você tem o dever de informar ao mundo do que acontece, e vendo essas alterações climáticas e todos esses problemas que causam, é necessária uma exposição de conteúdo, para que não fique restrito somente às áreas ambientais, mas se espalhe pelo mundo!
Porém, por mais que a área seja muito importante, não consegui me identificar com ela, é interessante, mas não é algo que eu gostaria de viver todos os dias.

Para saber mais:

PROJETO ALBATROZ
Facebook: facebook.com/palbatroz
Site: projetoalbatroz.org.br

ECOSURF BRASIL
Facebook: facebook.com/ecosurfoficial
Site: ecosurf.org.br/site

16 de março de 2016

RESENHA: Mesmo Se Nada Der Certo (Begin Again)


Um rapaz convence sua amiga a tocar uma de suas composições em um bar. Uma compositora que terminou um relacionamento recentemente é convencida a tocar uma de suas músicas em um bar. Um produtor falido está bebendo em um bar até que ouve a sua próxima grande descoberta. Pode parecer loucura, mas o filme começa exatamente assim, mostrando esses três pontos de vista e com essa originalidade, ele já te conquista nas primeiras cenas.
No começo todos os personagens são fracassados. O produtor Dan, interpretado por Mark Ruffallo, demitido de sua própria gravadora após cair no alcoolismo, devido à separação com a mulher e filha, está em busca da nova revelação musical que vai salvá-lo disso. Gretta (Keira Knightley), é uma cantora e compositora que namorava o astro Dave Kohl (Adam Levine), até que este assina um contrato com uma gravadora de grande porte e deixa tudo pra trás, inclusive sua namorada. Steve (James Corben) é um musico que toca nas ruas de Nova York e não agrada ninguém.


A trama vai se desenvolver a partir do momento que o personagem de Ruffallo descobre Gretta cantando no bar e imagina outros instrumentos acompanhando a cantora em sua adorável “A Step You Can’t Take Back”. Daí o filme vai te encantando cada vez mais com a voz doce de Keira, cantando nesse quase musical. Dan decide que quer gravar um disco com ela, por toda a cidade, em lugares públicos, de baixo de pontes, remando no lago do Central Park, em becos, com vozes de crianças na fofíssima “Coming Up Roses”...
Engana-se quem acha que fica só na produção do disco, que por si só já é muito incrível. John Carney, o diretor do filme, aposta no relacionamento entre pai e filha após a separação, até mesmo  no relacionamento com a ex-mulher. Dan vai descobrindo coisas sobre a sua família, como o talento de sua filha na guitarra, elas acabam ajudando na produção e ele vai se reaproximando delas até o final do filme.
Dave volta pra cidade pra um show, tenta contato com a Gretta após ela mandar uma mensagem cantada dizendo “o amei como uma idiota”. Ela ouve seu novo disco e percebe que ele usou a música que ela fez pra ele, chamada de “Lost Stars”, mas que mudou todos os acordes e tirou toda a emoção da música apenas pra se tornar um hit. Ele a convida pro show e lá ela toma a decisão mais certeira de sua vida. Uma música pode salvar a sua vida, e todos os personagens sabem disso.


O filme acaba com aquela sensação maravilhosa de realização, você sai da frente da tela com vontade de começar a descobrir a sua cidade e o que ela tem a te oferecer em questão de arte. O sorriso de Gretta ao final representa muito bem o que todos nós deveríamos sentir: satisfação com o que se faz e consigo mesmo. Somos puxados pra realidade, mostrando que a vida não é só feita de relacionamentos e que descobrir o melhor de nós é tão importante quanto o amor.
Antes de finalizar essa resenha, gostaria de indicar a trilha sonora do filme que é toda cantada pelos atores, com participações especiais de CeeLo Green (que também aparece no filme) e Hailee Steinfeld que interpreta Violet, a filha de Dan. A trilha sonora (igualzinha as músicas do filme - até no som ambiente) nos faz ter vontade de assistir tudo de novo sempre que uma música começa a tocar. 

15 de março de 2016

O artigo de opinião que gerou polêmica.

Logo na segunda semana de aula, na matéria de Leitura e Produção de Texto, a gente teve que produzir um artigo de opinião sobre um tema polêmico atual, pra entregar até o final da aula. Grupo de até quatro pessoas, opiniões diferentes, claro. Você acredita que futuros comunicólogos serão sensatos, mas parece que as coisas não funcionam assim.
De cara eu propus um tema, mesmo porque, enquanto a professora explicava o que era um artigo de opinião para a sala, eu já estava elaborando o meu próprio. Nós poderíamos falar sobre feminismo, eu sugeri. Três das quatro pessoas sabiam do que eu estava falando e quando digo três, estou incluído. Uma não sabia. Era uma mulher.
Não sei qual foi a parte mais difícil, me juntar com as outras duas meninas para explicar pra ela o que era feminismo ou ouvir dela um monte de reprodução machista. Se doeu em mim, eu penso nas outras duas ouvindo aquelas barbaridades. A gente tentou explicar que feminismo não era tirar os direitos dos homens, era igualar os direitos de ambos os sexos, que uma mulher não precisa necessariamente ficar em casa e ser doce e gentil, ela pode ir atrás de estudo, trabalho e que as coisas de casa e boa educação não estão restritas apenas à elas.  
Parece que ela não percebe, ou não estudou o suficiente para saber que ela só tem a possibilidade de estar em uma faculdade hoje por causa do feminismo. Esse mesmo feminismo que pra ela é: “a mulher tem que buscar ser uma boa profissional, mas não pode esquecer do seu papel como mulher em casa, de ser gentil e doce, arrumar a casa”.
Parecia que nada do que elas e eu dizíamos era escutado, ela ouvia, fazia cara de deboche e retrucava com o mesmo argumento machista. Mudamos de tema. Mas, não foi fácil escolher um. Aborto? Não. Descriminalização da maconha? Não. De repente ela surpreende todos nós com o tema “Adoção por casais homossexuais”. Ótimo, todos nós concordamos e logo ficou pronto. Ficou muito bom, aliás.
Contudo, não sei se ela sugeriu esse tema só pra nos deixar contentes, já que ela era contra todos os temas que propúnhamos ou se ela realmente tinha interesse no assunto. De qualquer forma, eu terminei o dia e a discussão sobre ser feminista com a seguinte frase: “você devia estudar um pouco sobre feminismo, é uma coisa que te atinge”. Espero de verdade que ela o tenha feito. 

7 de março de 2016

Começo e alunos "perdidos".

Estou cursando, enfim, Jornalismo. Na segunda semana de aula, as coordenadoras Jornalismo (JO) e Publicidade e Propaganda (PP), deram uma palestra informando coisas novas e reforçando coisas que outros professores já tinham dito. Explicaram sobre as disciplinas optativas que vamos ter ao longo de todo o curso, sobre as matérias de EAD, sobre a área do aluno, estágios... Fomos informados, ainda, que a sala seria dividia devido à grande quantidade de alunos, já que juntaram os cursos durante o primeiro ano.
Essa palestra foi muito importante pra mim. Quando a coordenadora de JO começou a falar do curso e da profissão de Jornalista, começou a ferver em mim uma felicidade imensa. Toda vez que ela falava algo sobre a profissão e os meios de trabalho eu ficava mais feliz. Foi mais um momento daqueles em que eu tive um insight de uma coisa que eu tenho repetido sempre: é isso que eu quero, e  quero escrever sempre!
Saí de um curso e mudei para outro. Mesmo sabendo que outras pessoas já tinham feito isso na vida, tive receio de ser o único nessa nova Universidade. Estar enganado me deixou aliviado e preocupado. Aliviado porque vi que não era só eu que tinha feito essa troca, alguns tinham abandonado um curso no último semestre, alguns no primeiro (como eu), outros estavam mudando totalmente de profissão após algum tempo trabalhando em algo que não os satisfazia.
A preocupação surgiu devido a tantas pessoas passarem por isso. Então comecei a me questionar o porquê disso.  Quando eu estava no ensino médio, umas das coisas que eu mais ouvia, era que eu tinha que escolher uma profissão que desse dinheiro.  Escutava um pingado de gente dizendo que se deveria fazer o que se gosta. Pais e pessoas mais velhas estão, na maioria das vezes, junto com o povo do dinheiro. Afinal, eles querem que você seja bem-sucedido profissionalmente.
O que quase ninguém percebe é que sucesso não é só questão de receber muito pra realizar um trabalho. Sucesso envolve outras coisas, como fazer bem o que se faz. O que não dá certo por muito tempo, se você não ama o que está fazendo. Quando não se sente prazer em fazer algo, a vontade de realizar qualquer coisa que seja, acaba. Isso não é novidade pra ninguém. Aí, algo que era pra fazer parte de uma rotina satisfatória torna-se um infortúnio.
Nas outras opções, eu visava apenas o dinheiro, como se ser um profissional de sucesso dependesse só do curso que você faz na faculdade. Várias coisas estão envolvidas, como capacidade, outros cursos, disposição, prazer e outras tantas coisas que você vai descobrindo ao longo da sua jornada. Como eu acredito em todas essas coisas, não consigo ver motivo para se obrigar a fazer algo que não gosta realmente, só por causa do dinheiro.
Ao falar sobre a mudança de curso as pessoas vinham com discursos muito parecidos com: “Era chato demais”, “Não combinava comigo”, “Eu sempre gostei de escrever, não sei o que fui fazer num curso de exatas”. Basicamente o que eu mesmo disse. Então, porque se obrigar a fazer algo? Exatamente o que eu disse antes, nós somos cobrados pela sociedade a ser bem-sucedidos, ter dinheiro, fazer algo que “valha a pena”, agradar os nosso pais. O mais cruel é que isso tudo acontece naquela transição do ensino médio, que você não sabe o que está fazendo da vida, não sabe como vai ser o futuro, mas todo mundo quer que você saiba. TEM QUE. SABER. IMEDIATAMENTE. Rápido, escolha o que você vai fazer pro resto da sua vida enquanto tem 17/18 anos de idade!
Analisando os alunos da minha sala consigo ver que tem muita gente assim. Principalmente as pessoas que escolheram Publicidade e Propaganda (a grande maioria), um curso que já está ficando saturado devido à grande busca. Tem muita gente ali que não faz ideia do que está fazendo da vida e o pior é que não adianta falar nada, essa é uma coisa que a pessoa descobre sozinha ou nunca descobre. Só consigo torcer para que não seja doloroso e que no final haja algum aprendizado.
Então, pra quem ainda não sabe o que quer, ou sabe e sua escolha não agrada aos outros, aí vai um recado: escolha com calma, veja vídeos sobre o seu curso, procure relatos de alunos, veja a relatividades do mercado de trabalho e o mais importante, não faça suas escolhas para agradar alguém (que não você mesmo). Vou indicar um vídeo, da Lully de Verdade, que já citei aqui no blog, sobre Faculdade x Mercado de trabalho. 



Então é isso, espero conseguir ajudar alguém com essas palavras. Não se desesperem.  

15 de fevereiro de 2016

O processo até escolher Jornalismo.

Você já ficou com dúvida entre duas coisas? Acredito que sim, afinal é muito difícil a gente ter sempre certeza das nossas escolhas. Como diz a escritora britânica J.K. Rowling em seu romance adulto, Morte Súbita: “Escolher é algo perigoso: quando escolhemos, temos que abrir mão de todas as outras possibilidades”. Agora, se coloque na cabeça de um jovem, de 20 anos, que tem interesses diversos, que acabou de sair de uma faculdade e não consegue ficar sem estudar algo por muito tempo. Um leque se abre na frente dele, e as opções se tornam muito mais difíceis de escolher.
Quando eu tranquei a matrícula na faculdade que eu cursava Gestão de TI, eu saí de lá confiante que iria fazer Jornalismo, que era o curso que eu já tinha desistido tantas vezes e que sempre voltava pra mim. A mente inquieta não permitiu que fosse tão fácil assim. De repente, começaram a chover vídeos no YouTube sobre diversas coisas que eu queria muito fazer: fotografia, cinema, letras... Todas as opções que eu já tinha considerado, aparecendo novamente, em um momento em que eu estava livre. Eu poderia escolher qualquer coisa!

Aqui estão alguns vídeos que me fizeram começar a duvidar do que eu realmente escolheria:
  • O que é Direção de Fotografia? (Cinematography) – Lully de Verdade


A Lully é formada em cinema, e no canal dela você pode encontrar muito conteúdo sobre a área e sobre filmes em geral. Tem várias dicas de filmes e coisas geek/nerd. Esse vídeo, em especial, deixou a pergunta martelando na minha cabeça: “Será que eu não deveria fazer Cinema?”
  • Piloto (Como comecei, Fiz algum curso, Dicas pra quem ta começando) – Tom Rodrigues (Aredead)

Tom é fotografo e tem uma história parecida com a minha: saiu do curso de TI e deu uma reviravolta na vida. Ele faz ensaios de vários youtubers, e as fotos dele são muito boas. Daí eu comecei a questionar meus gostos, será que na verdade eu gostava mais de fotografia?

Mas, por que Jornalismo, Mateus?
Bom, primeiramente, querendo ou não, Jornalismo abrange todas as coisas que eu gosto. Eu vou precisar escrever – basicamente o tempo inteiro – e tem o fotojornalismo, que não chega a ser a mesma coisa, mas que serão basicamente noções iguais de conhecimento. E claro, não é como fazer um filme, mas pelo menos terei conhecimento de rádio e TV que vai me ajudar a produzir meus próprios vídeos. Outra coisa que me cativa muito, é o interesse que o Jornalista tem que ter, a busca por novidades e notícias o tempo todo, sem contar que toda hora você tem que ler alguma coisa, seja um texto teórico, uma reportagem ou livros atuais para se inteirar do que está acontecendo no mundo (coisas que eu gosto bastante). E, ainda que seja uma ilusão, o Jornalista sempre tem vontade de mudar o mundo.
Então, basicamente, a mudança de curso foi um processo árduo que me mostrou que sim, eu realmente quero cursar Jornalismo. 

12 de fevereiro de 2016

Mudança de Curso.

Em meados de 2013 decidi, por livre e espontânea vontade, fazer algo que eu realmente gostasse quando chegasse a hora de escolher um curso. Sempre tive mais aptidão para as Humanas e nunca fui bom com as Exatas (me pergunte a tabuada do 3 ao 8 e não vou saber te responder sem fazer a conta em papel). Pois bem, o curso escolhido foi Jornalismo e até, mais ou menos, novembro essa ideia persistiu em minha mente. Era isso, e ponto.
Mas (sempre tem um), pensando nas reportagens e pautas que teria que fazer em pouquíssimas horas – porque eu queria seguir na área de Redação , acabei balançando com a ideia. Nunca consegui entregar as redações escolares no horário de aula, e por mais que eu adorasse fazer aquilo e achasse que elas ficavam boas, era preciso um dia inteiro, às vezes dois, para concluir todo o meu pensamento. O fato é, eu botei na minha cabeça de que não conseguiria realizar essa tarefa. Então, escolhi outro curso: Direito. Seria perfeito para o meu emprego pois me qualificaria a assumir cargos superiores dentro do meu departamento. 
Surgiu um cargo de diretoria técnica, mas era preciso ter curso superior, não havia outra maneira. Minha vontade de assumir o cargo era tanta que decidi fazer um curso superior tecnológico para diminuir o tempo que levaria para assumir, mesmo não sendo ideal para o departamento. Deixei de pensar em Direito e comecei a avaliar as possibilidades de cursos tecnológicos e o que mais se aproximou dos meus gostos foi Gestão da Tecnologia da Informação. Sim eu sei, da água para o vinho.
Durante todo o ano de 2014, fiquei entre Direito e Gestão da TI. Decidi que faria o curso tecnológico, conseguiria o cargo superior e depois estudaria Direito. Não quis fazer naquele ano, porque não queria começar no segundo semestre. Em 2015 minha vida acadêmica começou. A experiência não poderia ter sido mais reveladora, nada do que eu planejei se fez verdade. O curso não era o que eu queria e descobri (conversando com formados em Direito e realizando pesquisas) que direito também não era a minha “praia”.

- Você tem certeza de que quer fazer esse curso? Você gosta?
- Eu gosto de Tecnologia da Informação na prática, se parar e me ensinar como operar, eu vou aprender e vou amar, mas estudar para isso, aprender isso, a teoria disso eu não gosto.
- Então você não vai gostar.

Esse foi um diálogo – parafraseado – entre minha mãe e eu, quando comecei a fazer o curso de Gestão da TI. Lógico que eu não a escutei e fui em frente com a decisão, afinal, eu tinha a proposta de um cargo superior! Eu não poderia ter me arrependido mais. Logo no começo do curso os professores (todos eles!) falaram: “para fazer TI, tem que amar TI, tem que estar nas veias” e, é realmente assim. São calhamaços, infinitamente tediosos, sobre programação, sobre softwares e hardwares, é necessário querer aquilo com todas as suas forças para ter vontade de estudar. Eu conheci pessoas que realmente queriam aquilo, pessoas que já trabalhavam na área, pessoas que amam TI. Obviamente esse não era o meu caso.
Eu tinha que sair do curso. Primeiro, porque estava me fazendo muito mal, continuar em um lugar que eu não gostava, com o peso da “obrigação” de agradar. Segundo: eu estava gastando dinheiro (sim, nesse caso era um gasto, não investimento, já que eu não estava tirando nenhum proveito daquilo). Então, foi o que eu fiz, saí assim que acabou o primeiro semestre.
Não foi fácil contar para as pessoas que tanto esperavam de mim nesse curso, e isso é uma coisa que deve-se sempre ter em mente: você sempre – SEMPRE – vai decepcionar alguém. Vai decepcionar não porque você seja um inútil que não faz nada certo, mas por que você tem pensamentos e visões diferentes dos outros e faz o que vai ser bom para você. Mas, o mais importante de tudo, você nunca deve decepcionar você mesmo.
Minha chefe ficou abalada com a decisão, afinal ela queria que eu a substituísse, mas entendeu o meu ponto. Minha mãe já sabia, foi a primeira pessoa pra quem eu contei, e a única coisa que ela me pediu foi pra que eu voltasse aos estudos. Todos os meus amigos me apoiaram na decisão. Então, eu escolhi o curso que sempre volta para mim, o Jornalismo. Mas isso fica para uma próxima postagem.
O que eu quero dizer com essa história sobre a minha mudança de curso, é uma coisa que eu aprendi com a minha melhor amiga: você não “tem que” fazer nada pensando nos outros. Você não “tem que” terminar nada só porque é socialmente esperado. O que você “tem que”, é ser feliz com as suas escolhas e ter consciência das consequências.